O mês de novembro é dedicado a ações de prevenção e diagnóstico do câncer de próstata. A doença é a segunda mais comum em pessoas com pênis, perdendo apenas para o câncer de pele. Quase 70 mil casos são registrados por ano no Brasil.
Na maioria das ações, a campanha é voltada para homens cisgênero, esquecendo de falar para mulheres trans, travestis e pessoas não-binárias. É importante ressaltar que mesmo passando pela cirurgia de redesignação sexual, a pessoa continua possuindo próstata.
“O câncer de próstata é mais comum na terceira idade e independente da identidade de gênero, o indivíduo que possui próstata após os 45 anos de idade precisa se cuidar. Aquelas pessoas que realizaram o processo de transhormonização também são igualmente passíveis de realizarem o rastreamento. O bloqueio da testosterona, ao qual são submetidas, parece exercer um certo papel protetor contra o câncer de próstata, porém a literatura acerca do assunto ainda é escassa”, contou o Dr. Leonardo Lins, urologista pela Faculdade de Medicina do ABC e titular da Sociedade Brasileira de Urologia.
“O rastreamento para o câncer de próstata inclui a dosagem sanguínea do PSA e a realização do toque retal. Estes dois exames são imprescindíveis e complementares entre si. O diagnóstico precoce da doença, ainda na sua fase assintomática, proporciona ao paciente altas chances de cura. Por outro lado, nos seus estágios mais avançados as taxas de controle diminuem consideravelmente”, concluiu o especialista.
Se você tem próstata, converse com os membros da sua comunidade para saber qual especialista de saúde vai te deixar mais à vontade e confortável para tirar as dúvidas e fazer o exame.