Às vésperas do Dia das Crianças, uma das datas mais relevantes para o comércio brasileiro no segundo semestre, a ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) fez uma sondagem nacional com lojistas associados que representam mais de 1.200 pontos de vendas sobre a expectativa com a data. O levantamento mostra que o Dia das Crianças deve movimentar cerca de R$13,7 bilhões, resultando em um incremento de R$2,7 bilhões maior, quando comparado com 2021.
Tíquete médio em alta
Segundo a entidade, cerca de 73 milhões de consumidores devem ir às compras nesta semana, movimentando shoppings centers e também o comércio de rua e a internet. Para este ano o tíquete médio será em média R$240,00, um aumento de R$42,00 em relação ao ano passado. Neste levantamento, quase um terço dos consumidores, 29% pretende ainda gastar mais que em 2021.
De acordo com a ALSHOP, os principais locais de compra são principalmente as lojas físicas em shoppings centers, shoppings populares e também nas lojas de rua. Já o e-commerce continua crescendo como canal de vendas, e será o principal meio de pesquisa de preços.
A grande vantagem do shopping no Dia das Crianças está na união de serviços e áreas de lazer para crianças (com jogos eletrônicos e parques indoor) que recebem os visitantes com suas famílias. “O tíquete médio em alta reflete mais a frequência do consumidor nos centros de compra onde ele pode agora sem restrições levar o filho ao parque e depois na praça de alimentação. Como consequência, as lojas de vestuário, calçados, presentes e claro, brinquedos, ficam mais movimentadas e propensas a uma boa movimentação do comércio”, diz Luis Augusto Ildefonso, diretor institucional da ALSHOP.
Para a entidade, o dia das crianças servirá como um “termômetro” para duas datas importantes dos próximos três meses: a Black Friday e o Natal. “Tudo indica que voltaremos ao patamar de 2019, provavelmente com algum incremento de faturamento ainda que seja pequeno”, completa.
De acordo com os dados da CNDL, 79% dos consumidores pagará os produtos à vista e 43% pretendem pagar parcelado, sendo que as principais formas de pagamento serão 39% cartão de crédito, 35% PIX, 34% cartão de crédito e 34% em dinheiro.
“O cenário econômico é ligeiramente positivo uma vez que temos desemprego abaixo dos 9%, tendência de crescimento da economia em 4% e inflação reduzida em relação ao prognóstico do início do ano. Mas mesmo diante dessas dificuldades, os associados da ALSHOP estão com uma expectativa otimista”, finaliza o diretor institucional da ALSHOP.