O final de ano vai se aproximando e muitas tarefas que foram feitas com facilidade até aqui se tornam difíceis e desgastantes. O cérebro parece esgotado e com dificuldade de assimilar novos dados. Essa sensação é um sinal de que o cérebro está cansado e precisa de descanso.
O nosso sistema nervoso central possui glutamato (aminoácido) que se acumula no córtex pré-frontal ventrolateral esquerdo. Essa é a parte do cérebro que comanda a cognição e o bem-estar neurológico, ou seja, é ela que determina no que prestamos atenção e transmite isso para o cérebro. Com o aumento do esforço cognitivo – que pode acontecer com as longas jornadas de trabalho, hora extra, trânsito, tarefas domésticas – mais difícil é manter o cérebro focado.
“Precisamos manter um equilíbrio entre trabalho, lazer e descanso. Porém, a realidade do último mês do ano é bem diferente. O acúmulo de atividades pode levar o cérebro ao limite e o rendimento tende a cair. Ficamos mais desfocados e nossas tomadas de decisões são prejudicadas”, explica a médica neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, Dra. Inara Taís de Almeida.
Quando esses sintomas começam a aparecer com frequência é sinal de que é preciso desacelerar. Porém, hábitos simples podem ajudar a “desligar” o cérebro e melhorar a ansiedade, o estresse e a memória.
“Alguns hábitos vão ajudar a amenizar esse desgaste mental, como praticar atividade física e dormir bem. Estabeleça um horário para desligar o celular e não checar mais os e-mails e as mensagens. O contato com a natureza também ajuda a desacelerar, assim como ler um livro e cozinhar”, finalizou a especialista.
Lembre-se de que atingir os limites do cérebro podem levar ao esgotamento mental e até à síndrome de burnout, causando tristeza, ansiedade e depressão. Portanto, obrigue-se a desacelerar e a cuidar da saúde.