Por ser um procedimento relativamente simples e que restabelece as funções do sistema mastigatório, os implantes dentários são considerados hoje a primeira solução para a reabilitação oral de pacientes acima dos 18 anos. Justamente por isso, uma das dúvidas mais comuns é se é possível colocar um implante durante a gravidez.
“A instalação de um implante é uma cirurgia eletiva, ou seja, um procedimento que não é considerado de urgência, por isso, é indicado aguardar até o fim da gravidez, para evitar qualquer alteração na saúde da mãe e do bebê”, recomenda a Dra. Cindy Dodo, Especialista em Implantodontia, Doutora em Reabilitação Oral e Embaixadora da S.I.N. Implant System.
Segundo a especialista, o principal risco de se submeter a um implante durante a fase da gestação está ligado ao uso de anestésicos e medicamentos atrelados ao procedimento, que podem ter impactos no desenvolvimento saudável do bebê. “A comunidade odontológica e médica preconiza a cirurgia de implantes apenas após o nascimento para evitar possíveis efeitos teratogênicos, ou seja, substâncias que podem causar defeitos congênitos por meio de um efeito tóxico em um embrião ou feto e até mesmo levar ao aborto espontâneo”, explica a especialista.
No mais, a posição em que a paciente fica para o procedimento cirúrgico de instalação de um implante durante a gravidez também poderia contribuir para aumentar o mal-estar e os enjoos, em gestantes predispostas.
“Se houver necessidade de repor um dente perdido nesta fase, devido a um acidente ou perda inesperada, a gestante pode procurar o atendimento odontológico para a instalação de próteses provisórias”, diz a dentista. “E deve aguardar até o final da gravidez para realizar a cirurgia com implantes dentários”, conclui.
A Dra. Cindy lembra ainda que o procedimento também deve ser evitado durante o período de amamentação, já que os medicamentos usados pela mãe passam para o leite materno e podem, mesmo em pequenas quantidades, afetar o bebê.
Em geral, os tratamentos odontológicos durante a gravidez devem ser realizados durante os meses do segundo trimestre de gestação, considerado o mais seguro devido à fase do desenvolvimento embrionário. Cáries e doenças periodontais, por exemplo, podem ser tratadas neste período.
O primeiro trimestre é o período menos adequado para tratamentos odontológicos, por ser o mais delicado, já que acontecem muitas mudanças no embrião. E na etapa final da gestação existe um maior risco de problemas como hipertensão, anemia e desmaios, devido ao desconforto na cadeira odontológica. “É importante lembrar que todas as gestantes devem realizar ao menos uma consulta odontológica durante o pré-natal, para obter orientações sobre a higiene bucal, aleitamento materno e dieta”, destaca a Dra. Cindy.