A família muitas vezes é tudo o que temos, é ao redor dela que nos sentimos à vontade para ser quem realmente somos, afinal, eles nos conhecem desde sempre. Entretanto, quando se fala sobre misturar com negócios, muitos podem relacionar diretamente com um caos instaurado. Brigas, relações estremecidas, privilégios não merecidos ou simplesmente entender que, com uma empresa familiar, o negócio não vai para frente.
Contudo, os dados mostram que elas estão mais presentes do que imaginamos. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) cerca de 90% das empresas brasileiras são familiares e, ao contrário do que muitos pensam, elas tem um grau de relevância muito alto. Afinal de contas, com um número tão grande como esse, são elas que giram a economia do país. Um dos grandes cases de sucesso é o Grupo Magalu, que se tornou referência.
A mentora de cultura organizacional Ivaneide Villaça, acredita que a empresa familiar pode dar certo, mas é preciso se atentar a algumas coisas. “Antes de tudo, é necessário buscar profissionais que são capacitados e estão em busca de resultados também”, explica Ivaneide.
“Precisamos ter clareza de papéis, de posicionamento e, principalmente, profissionalismo em busca de performance”, diz a mentora. Cada familiar deve entender que seu papel precisa ser exercido e que a cultura de trabalho é diferente de uma cultura familiar.
Assim como uma cultura organizacional seria estabelecida em uma empresa não-familiar, ela também deve acontecer nos negócios de família. Dessa forma, automaticamente os privilégios não acontecerão e isso será compreensível a todos.
Além disso, vale também ter um bom planejamento para que nada saia dos planos – como por exemplo as finanças – e ter uma rotina de controle de desempenho e análise dos resultados. Dessa forma, é possível ter visão ampla e não isolada de como a empresa está, conferindo se as metas estão sendo cumpridas.
A empresária ainda frisa: “Eu acredito que é possível ter sucesso com a mistura entre família e negócios!”.