Você sabia que o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais incidente entre as mulheres, de acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA)? Somente em 2022, foram 16.710 novos casos no Brasil. Em um país onde 51,5% da população é representada pelo público feminino, segundo censo de 2022, é fundamental trazer à tona a conscientização sobre o tema. Sabendo disso, foi criada a campanha Março Lilás, período dedicado a conscientização sobre a prevenção contra o câncer do colo do útero.
Para levar apoio a todas as mulheres, Jasmine convida a consultora nutricional Adriana Zanardo para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto. A profissional ainda destaca os alimentos “padrão ouro” para a prevenção da doença e traz orientações importantes para a saúde sexual da mulher ao longo da vida. Confira!
A prevenção é o melhor caminho
“Os dados da ciência mostram que a alimentação pode contribuir para desfechos positivos de vários tipos de câncer, quando em conjunto com o acompanhamento multidisciplinar e diagnóstico precoce. Assim, precisamos entender o câncer com base em um conjunto de fatores, por exemplo, o estilo de vida do paciente, o tipo de dieta, tabagismo, a coexistência de infecções do trato reprodutivo, o uso de anticoncepcionais orais, alta paridade, além do baixo nível socioeconômico, atividade sexual precoce e/ou múltiplos parceiros sexuais”, destaca a nutricionista.
Fatores de risco
O câncer de colo de útero está relacionado com os principais fatores de risco modificáveis, sendo eles:
– Infecção por HPV: é muito comum e estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas. Aproximadamente 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV e, comparando esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos de câncer de colo do útero, podemos dizer que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer de colo do útero;
– Infecção por HIV e outras no trato reprodutivo: requer o acompanhamento multidisciplinar para controle/resolução da doença e atenção com o funcionamento adequado do sistema imunológico;
– Tabagismo: evitar fumar é sempre a melhor saída;
– Iniciação sexual precoce/múltiplos parceiros/alta paridade: o uso de preservativo reduz o risco de doenças sexualmente transmissíveis e gestações não planejadas;
– Uso de anticoncepcionais orais: para melhor orientação, visite um ginecologista de sua confiança. Além disso, é essencial que a mulher faça exames de rotina.
Segundo o INCA, o método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame citopatológico, também conhecido como exame de Papanicolau, que deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, que tenham entre 25 e 64 anos, e que já tiveram atividade sexual, incluindo homens trans e pessoas não-binárias designadas mulheres ao nascer.
Comer bem é a chave para uma vida sexual de qualidade
“Quando se pensa em saúde sexual da mulher como um todo, a alimentação exerce um grande impacto. O consumo excessivo de açúcar, por exemplo, pode aumentar o risco de desenvolvimento de candidíase e infecções do trato urinário. Nessa mesma linha de raciocínio, algumas evidências mostram que o equilíbrio da flora intestinal impacta no equilíbrio da flora vaginal, contribuindo para manutenção de suas defesas naturais”, esclarece Adriana.
Além disso, o aumento do índice de massa corporal (IMC) tem sido considerado um fator que aumenta o risco de muitos tipos de câncer. Portanto, uma rotina com boa quantidade de macronutrientes, vitaminas e minerais ao longo das refeições, e menos excessos de açúcares e gorduras é o caminho mais eficaz para a jornada saudável de toda mulher.
Para usufruir de uma vida leve, saudável e prazerosa, a nutricionista recomenda o consumo dos seguintes itens:
– Frutas e hortaliças: podem apresentar propriedades protetoras contra o câncer;
– Antioxidantes, como carotenos (betacaroteno, licopeno, zeaxantina, luteína, entre outros) vitaminas C, D e E: podem contribuir para melhor funcionamento do sistema imunológico, impactando positivamente na melhor resposta do organismo no combate ao câncer. Esses nutrientes também podem retardar ou proteger contra a infecção persistente por HPV e, portanto, o desenvolvimento posterior do câncer de colo de útero. Alimentos como frutas (Kiwi, mamão, limão e laranja) possuem boas quantidades de vitamina C, já a vitamina D pode ser encontrada em gema de ovo, atum, salmão, dentre outras diversas opções. A vitamina E, por fim, vem em carnes, ovos, gérmen de trigo, abacate, amêndoas, amendoim e Castanha do Pará.
– Curcumina (presente na cúrcuma), epigalocatequina galato (polifenol presente em abundância no chá verde) e resveratrol (presente em uvas, mirtilos e amendoim): apresentam propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, com efeitos anticancerígenos;
– Berberina: os estudos mostram que ela pode ser um coadjuvante na prevenção e no tratamento de diversos tipos de câncer, inclusive o de colo do útero. Também foi visto que pode contribuir para melhor efetividade do tratamento radioterápico;
– Tirosina: a tirosina é um aminoácido não essencial (nosso corpo é capaz de produzi-lo), todavia, é importante ter atenção com sua ingestão para atingir quantidades diárias adequadas. A tirosina é encontrada em: oleaginosas, carnes em geral, ovos, leguminosas (feijão, grão-de-bico, ervilha e lentilha) e abacate;
– Gordura insaturada (ômega-3): conhecidas como “gordura do bem”, elevam o colesterol considerado bom (HDL) e diminuem o considerado ruim (LDL). É encontrada em alimentos como chia, linhaça, abacate, oleaginosas, azeite de oliva e peixes gordurosos;
– Vitaminas do Complexo B: destacam-se B6 (piridoxina) e B9 (ácido fólico), as quais participam na produção de dopamina. Essas vitaminas podem ser encontradas em: oleaginosas, arroz integral, aveia, quinoa, carnes em geral, peixes gordurosos, ovos, espinafre, leguminosas, leite e derivados;
– Vitamina D: a vitamina D participa na regulação de vias relacionadas à imunidade e inflamação, além de atuar na manutenção de bons níveis de dopamina. É encontrada é em: peixes gordurosos, ovos, leite e derivados;
– Cobre: por fim, em relação aos minerais, tanto a deficiência como o excesso de cobre podem afetar o funcionamento do cérebro, pois, dentre outras funções, atua na conversão de dopamina em noradrenalina que também impactam a atividade sexual. É encontrado em: carnes em geral, oleaginosas e leguminosas como feijão, grão de bico, ervilha e lentilha.
Sinais de alerta
A partir do momento que existe o corrimento vaginal e sangramento irregular em mulheres em idade reprodutiva, por exemplo, o câncer do colo de útero não pode ser descartado até que se tenha o diagnóstico fechado. Portanto, é importante a observação e o autoconhecimento para a identificação de qualquer sinal de alteração.
Tratamento
Nos casos em que a mulher for submetida ao tratamento é importante a manutenção de uma alimentação saudável, além da prática de atividades físicas regulares. O cuidado com a saúde mental também deve ser considerado, bem como a interrupção do tabagismo, no caso de fumantes.
Somado a isso, recomenda-se que a mulher frequente as consultas de rotina e realize todos os exames solicitados – geralmente, acontecem a cada 3 ou 4 meses nos primeiros 2 anos, a cada 6 meses do terceiro ao quinto ano e anualmente a partir do sexto ano de tratamento.
“Jasmine oferece um portfólio completo de produtos a fim de fortalecer a saúde da mulher. Além disso, a marca leva o suporte nutricional para que a jornada de cada consumidora em pról de uma vida mais equilibrada seja possível. O nosso comprometimento diário com a alimentação saudável é nossa forma de conexão com o púbico feminino todos os dias”, destaca Fernanda de Cillo Alexandre, analista de marketing da Jasmine.
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