O crescimento da modalidade de Consórcios tem sido exponencial, de acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Dados da entidade revelam que o volume movimentado representou um recorde no segmento, sendo mais de R$ 316,7 bilhões – aumento de 25,6% na comparação de 2023 com 2022. Para André Bobek, especialista em planejamento financeiro da Mhydas, o aumento se deve a confiabilidade do brasileiro em relação a modalidade a as taxas muito mais atrativas para aquisição de bens móveis e imóveis. “O volume de participantes chegou a mais de 10 milhões, uma alta de 9,4%, segundo a mesma entidade. Na Mhydas o principal produto comercializado é justamente a modalidade consórcio”, explica.
Entre os quatro objetivos mais listados para a aquisição de consórcios pela ABAC estão: imóveis (20,8%), veículos leves (13,1%), motocicletas (4,0%) e veículos pesados (2,5%). Contudo, André Bobek cita uma nova estratégia que vem se destacando, o consórcio 2.0, uma versão modernizada e flexível que oferece mais possibilidades aos participantes. “Ela se destaca pela utilização de ferramentas digitais para gestão e acompanhamento das cotas e pode incluir características como consultoria personalizada para lances, maior transparência e eficiência na administração, além de opções de investimento com potencial de retorno superior. Esse modelo busca adaptar-se às novas demandas e comportamentos dos consumidores, oferecendo soluções mais dinâmicas e rentáveis”, esclarece Bobek.
De olho nessa crescente, o Multi Versátil foi patenteado por Bobek, que atualmente tem 1 bilhão sob gestão na Mhydas. “Aproximadamente 70% dos clientes são investidores da modalidade. Nela é possível obter rentabilidade acima da renda fixa. É um produto que serve até mesmo como previdência, podendo ser resgatado após 18 anos com correção; como investimento com a venda da carta contemplada com adição de 17 a 20% do valor ou aumento do patrimônio imobiliário com a aquisição de imóvel que, quando colocado para locar, paga o valor da prestação mensal”, explica o especialista.
Bobek revela que, no caso dos clientes da Mhydas, a média de investimento mensal em consórcios gira em torno de R$ 1.500 reais ao mês. “Contudo é um produto que se adapta facilmente a renda. Nosso propósito é sempre educar para a vida financeira, tentando inverter a chave de que não é preciso ‘sobrar’ para poupar ou investir. O investimento precisa ser tão importante quanto os gastos e tido como uma obrigação” argumenta.
Ainda de acordo com ele, os principais fatores a serem analisados na contratação são: reputação da administradora, taxas administrativas, contrato, prazos e condições de pagamento, valor do bem e atualizações, fundo de reserva, possibilidade de lances e mecanismos de contemplação.