A cicatrização é um processo natural e complexo que o corpo utiliza para reparar lesões na pele, ocorrendo em três fases distintas: inflamatória, proliferativa e de remodelação. Recentemente, o uso do silicone tem ganhado destaque como uma ferramenta eficaz na melhoria desse processo e na prevenção de quelóides, cicatrizes que crescem de forma exagerada.
A empreendedora e enfermeira Claudioneia Dadas de Oliveira explica que, “durante a fase inflamatória, que dura os primeiros dias após a lesão, o corpo forma um coágulo para parar o sangramento e mobiliza células de defesa, os leucócitos, para combater infecções. Já na fase proliferativa, que vai da primeira semana até cerca de três semanas, o corpo começa a construir novos tecidos através dos fibroblastos, que produzem colágeno. E finalmente, na fase de remodelação, que pode durar meses ou até anos, o colágeno é reorganizado, tornando a cicatriz mais forte e similar à pele original”.
Os quelóides são cicatrizes que crescem além das bordas da ferida original, formando uma massa elevada e muitas vezes mais escura que a pele ao redor normalmente não sendo visto como esteticamente bonitos. Isso ocorre devido à produção excessiva de colágeno que é afetada por fatores como genética, etnia e a localização da lesão.
Porém uma solução simples para este problema é o silicone que se destaca na prevenção e tratamento de quelóides por várias razões, a enfermeira e idealizadora da ModelleSkin Claudioneia Dadas de Oliveira traz algumas delas abaixo:
1. Hidratação da Pele: O silicone cria uma barreira semi-oclusiva que retém a umidade, mantendo a área da cicatriz hidratada. A pele seca pode aumentar a produção de colágeno, agravando a formação de quelóides.
2. Regulação da Produção de Colágeno: O silicone ajuda a equilibrar a produção de colágeno, prevenindo o excesso que caracteriza os quelóides. A pressão suave e constante das placas ou gel de silicone reduz a proliferação excessiva de fibroblastos.
3. Pressão Uniforme: A aplicação de silicone exerce uma compressão suave e constante sobre a cicatriz, redistribuindo o colágeno de forma mais uniforme e evitando o acúmulo excessivo.
4. Proteção Física: O silicone forma uma camada protetora que protege a cicatriz contra fricção, contaminação e outros fatores externos que podem piorar a cicatrização.
5. Redução da Inflamação: O ambiente úmido criado pelo silicone diminui a resposta inflamatória na área da cicatriz, reduzindo os sinais para a produção excessiva de colágeno.
O silicone também está disponível em diversas formas facilitando sua aplicação no corpo baseado em local e necessidade, pode ser em gel, placas, cremes e fitas. Alguns exemplos dessas aplicações são, as placas de silicone usadas de 12 a 24 horas por dia, ou gel de silicone aplicado duas vezes ao dia em uma camada fina.
Diversos estudos clínicos comprovam a eficácia do silicone na melhoria da aparência de cicatrizes, sendo seguro e bem tolerado pela maioria dos indivíduos. A aplicação regular e consistente do silicone, conforme as instruções do fabricante, é crucial para maximizar os benefícios.
Sendo uma ferramenta poderosa na prevenção de quelóides e na melhoria da cicatrização o silicone, proporcionando hidratação, regulação da produção de colágeno, proteção física e redução da inflamação. Seu uso consistente e conforme as instruções pode resultar em cicatrizes menos visíveis e mais suaves, oferecendo uma solução eficaz para quem busca uma recuperação cutânea otimizada.