O Dezembro Vermelho é uma campanha anual voltada para a conscientização sobre o HIV/AIDS. Durante este mês, ações são realizadas para promover o conhecimento sobre a doença, reduzir o estigma e fomentar o combate ao preconceito, além de promover a prevenção. Dados do Ministério da Saúde revelam que, atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil. Desse total, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do sexo feminino.
De acordo com o Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, na análise considerando o sexo atribuído no nascimento, as mulheres apresentam piores desfechos em todas as etapas do cuidado. Enquanto 92% dos homens estão diagnosticados, apenas 86% das mulheres possuem diagnóstico, 82% dos homens recebem tratamento antirretroviral, mas 79% das mulheres estão em tratamento, e 96% dos homens estão com a carga viral suprimida – quando o risco de transmitir o vírus é igual a zero -, mas o número fica em 94% entre as mulheres.
Até setembro de 2023, 770 mil pessoas vivendo com HIV estavam em tratamento antirretroviral (5% a mais que o registrado em todo o ano de 2022). Dessas, 49 mil iniciaram o tratamento em 2023. Atualmente, quase 200 mil pessoas sabem que têm o HIV no Brasil, mas não se tratam. O HIV é o vírus que afeta o sistema de defesa do organismo que, uma vez enfraquecido permite o aparecimento de doenças. Esse estágio mais avançado é o que se chama de AIDS. Nos últimos dez anos, o Brasil registrou queda de 25,5% no coeficiente de mortalidade por AIDS, que passou de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes.
O Santa Marcelina Saúde possui um ambulatório para atendimento às pessoas vivendo com HIV, na matriz, em Itaquera. “Com mais de 500 pacientes em tratamento ambulatorial e toda estrutura hospitalar à disposição dos que convivem com o vírus desde a testagem, consultas e tratamento humanizado, tem como finalidade a redução de novos casos de infecção pelo HIV em todo município de São Paulo. Comprometidos também com a prevenção, todas as Unidades da Rede Santa Marcelina Saúde dispõem de testagem rápida, não só para HIV, mas, também, para hepatites virais e sífilis”, explica Dr. Luiz Degrecci Relvas, Supervisor Médico do Serviço de Infectologia do Santa Marcelina Saúde.
Sintomas: quando ocorre a infecção pelo vírus causador da Aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. A infecção inicial pode ter sintomas leves e não específicos, e pode até passar despercebida. Durante anos o paciente pode não sentir nada. Por isso a importância da testagem sempre.
Transmissão: o vírus HIV é transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas e pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados.
Tratamento: ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área, que possibilitam que a pessoa com o vírus tenha qualidade de vida. O tratamento almeja manter o vírus com baixa taxa de replicação, além de reduzir seus efeitos inflamatórios no sistema imunológico.
O tratamento é indicado desde o momento desde o diagnóstico, preferencialmente iniciado no mesmo dia. Não se deve aguardar para iniciar o tratamento. Quanto mais rápido o início e o controle sobre o vírus, menores os danos causados por ele. O impacto do tratamento precoce permite a equiparação da expectativa de vida com a população em geral.
Prevenção: a prevenção ao HIV, assim como a de outras ISTs, tem como objetivo maior uma vida sexual saudável, permitindo que cada uma escolha as estratégias que melhor se adaptam a sua realidade. Destacam-se o uso de preservativos internos e externos, uso de gel lubrificante, a PrEP e a PEP. Todas essas estratégias e outras estão disponíveis gratuitamente pelo SUS.