O fim de ano é um período marcado por uma mistura de emoções intensas. De um lado, as celebrações e o sentimento de encerramento; do outro, a pressão dos projetos não concluídos, a chegada das despesas de janeiro e a comparação constante com a aparente felicidade alheia. Não é à toa que, segundo a International Stress Management Association (Isma), 80% das pessoas economicamente ativas apresentam níveis elevados de estresse, ansiedade e até depressão nessa época do ano.
Essa sobrecarga emocional não só reflete nos dados do Centro de Valorização da Vida (CVV), que registra um aumento de 20% nos atendimentos em dezembro, como também reforça a necessidade de encontrar formas de lidar com a chamada “dezembrite”.
Daí a importância de adotar estratégias para enfrentar os desafios emocionais que o período impõe. Entre as alternativas disponíveis, uma abordagem que se destaca é a acupuntura, técnica milenar reconhecida por promover equilíbrio e bem-estar de forma ampla e integrada.
Enquanto muitos veem a acupuntura como um método para aliviar dores físicas, essa prática milenar vai muito além. Especialista na técnica, o fisioterapeuta e acupunturista Diego Bertuol, explica como ela pode ser um recurso eficaz para lidar com o estresse emocional característico do final do ano.
A empresária Juliane de Oliveira, 47 anos, é um exemplo dos benefícios da acupuntura. Após enfrentar um longo período de tristeza e dependência de antidepressivos, ela encontrou nessa técnica uma solução transformadora. “Não estava feliz, me sentia anestesiada. O remédio parecia me fazer mais mal do que bem. Na acupuntura, descobri uma forma de voltar a me sentir viva,” relata.
Para a advogada Ízis Rebello Costa Cruz, 31 anos, a prática é uma aliada há quatro anos, especialmente no fim de ano. “É como se tudo se alinhasse internamente. Saio das sessões com a mente mais clara, o corpo relaxado e pronta para enfrentar os desafios de dezembro,” conta.
O tratamento para o alívio emocional varia conforme as necessidades de cada pessoa. Diego Bertuol esclarece que, geralmente, são recomendadas entre 5 a 10 sessões, mas o número pode ser ajustado ao longo do processo. “Não há uma regra fixa. Depende da gravidade dos sintomas, da resposta ao tratamento e de condições associadas,” explica.
A tristeza vai embora?
Embora seja natural sentir tristeza em certos momentos, a acupuntura ajuda a reduzir a intensidade desse sentimento. “O objetivo não é mascarar as emoções, mas sim amenizar seus impactos e proporcionar mais equilíbrio,” ressalta Diego. Ele reforça que a técnica deve ser encarada como uma terapia complementar, associada a hábitos saudáveis.
Estratégias para enfrentar dezembro
Além da acupuntura, o profissional recomenda outros hábitos e comportamentos que podem auxiliar a “sobreviver” ao último mês do calendário com sanidade:
Dezembro como uma oportunidade de recomeço
Mais do que um mês de despedidas, dezembro pode ser encarado como uma oportunidade de reflexão e reconexão. Independentemente do que ficou pendente, o novo ano traz consigo a chance de reescrever planos, resgatar sonhos e cuidar de si mesmo.
E, se precisar de apoio, lembre-se: existe sempre uma rede de possibilidades para enfrentar os desafios emocionais. Seja com a ajuda da acupuntura ou de outras práticas saudáveis, o importante é acolher suas emoções e buscar caminhos que promovam bem-estar e equilíbrio.