A Doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de pessoas no mundo, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes. No Brasil, estima-se que mais de 200 mil pessoas convivam com a doença, que se manifesta principalmente por tremores, rigidez muscular e dificuldades motoras. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para retardar a progressão dos sintomas e melhorar o bem-estar dos pacientes.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza tratamentos gratuitos para o Parkinson, incluindo medicamentos essenciais, como a levodopa, além de acompanhamento médico e fisioterápico. No entanto, desafios como a falta de acesso a especialistas, demora nos diagnósticos e distribuição irregular de medicamentos ainda são obstáculos enfrentados por muitos pacientes. Em algumas regiões do país, a escassez de neurologistas e centros especializados compromete o atendimento adequado.
“Estar bem-informado sobre a Doença de Parkinson é essencial para o paciente, seus familiares e os cuidadores. Além dos tratamentos farmacológicos, abordagens complementares têm ganhado destaque no Brasil. Terapias como fisioterapia, fonoaudiologia, dança, pintura, atividades físicas regulares, esportes como ping pong e box auxiliam na manutenção da mobilidade e na melhora da coordenação motora. A Associação Brasil Parkinson (ABP) disponibiliza três ebooks gratuitos com informações essenciais – “O Parkinson e a Cidadania”, “Sintomas Iniciais” e “Atividades e exercícios físicos”. Uma alimentação equilibrada pode contribuir para o bem-estar dos pacientes, o que reforça a importância de iniciativas como o lançamento do Manual de Alimentação, Nutrição e Suplementação na Doença de Parkinson”, explica Érica Tardelli, presidente da ABP.
Dicas de Alimentação
O Manual de Nutrição foi desenvolvido pelas especialistas em nutrição e neurologia – Maura Corá, Mariana Burmeister e Maria de Fátima Nunes Marucci – traz orientações detalhadas sobre os melhores alimentos para promover o bem-estar e minimizar os impactos da condição no dia a dia. Com 97 páginas, o guia aborda desde a importância da hidratação até a escolha de alimentos ricos em nutrientes essenciais, priorizando uma alimentação balanceada e livre de ultraprocessados. Entre as recomendações, destaca-se o consumo de frutas, legumes, cereais integrais e proteínas magras, além da sugestão de preparações mais saudáveis.
Entre as principais recomendações nutricionais, estão: consumir legumes e verduras variados no almoço e jantar; ingerir 3 porções de frutas por dia; priorizar carnes brancas (peixe e frango) e cereais integrais (pães, arroz, aveia); incluir leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha), batatas, castanhas e azeite de oliva extravirgem; optar por queijos brancos e iogurtes naturais sem açúcar e aditivos químicos; preferir preparações assadas, grelhadas ou refogadas, beber água ao longo do dia e excluir doces, açúcares, farinhas refinadas, frituras, fast food, carnes gordurosas e embutidos, refrigerantes e sucos artificiais.
Importante adotar estilo de vida saudável, praticar exercícios regularmente; ter um descanso adequado e manter o convívio social.