Estimativas de 2022, do Ministério da Saúde, apontam que o Brasil possui uma população de mais de 20 mil pessoas com albinismo, uma condição genética hereditária e sem cura, que ocorre quando as células não produzem melanina – pigmento que dá cor para a pele, cabelos e olhos.
Segundo o dermatologista Antônio Lui, do Hospital Santa Casa de Mauá, o albinismo não tem cura, não é contagioso e também não compromete a capacidade intelectual da pessoa. “Além dos cuidados com a saúde, é importante conscientizar a sociedade sobre o problema a fim de barrar a discriminação e melhorar o acesso à saúde”, explica o médico.
A melanina é um tipo de proteína que protege o organismo contra a radiação solar e, desta forma, a pessoa albina pode ter ausência total ou parcial de pigmentação. A pele pode ser muito branca e frágil, a cor dos olhos pode variar de um azul muito claro a castanho. Além disso, em razão da falta da melanina, são maiores as chances de desenvolvimento do câncer de pele, queimaduras e o envelhecimento precoce.
O albinismo pode ser de três tipos: ocular, ausência total ou parcial de pigmentação dos olhos; cutâneo, pouca ou nenhuma melanina na pele ou nos cabelos; oculocutâneo, que é a falta de pigmentação em todo o corpo.
O oftalmologista Fernando Naves, também da Santa Casa de Mauá, complementa que a melanina é indispensável para a saúde dos olhos e do nervo óptico, que conecta o cérebro aos olhos. Desta forma, é comum o albino desenvolver problemas de visão, como fotofobia, estrabismo e miopia.
Embora o albinismo não tenha tratamento ou cura, os cuidados diários com a saúde são de extrema importância, como o uso de filtro solar com fator de proteção solar 50 ou mais, mesmo dentro de casa e com aplicação a cada duas horas; chapéus para proteção do couro cabeludo e cabelos; roupas que protejam a pele; óculos escuros para proteger os olhos dos raios solares e evitar a sensibilidade à luz. A suplementação de vitamina D também é recomendada, já que o albino não deve se expor ao sol e, assim, promover o bom funcionamento do sistema imunológica e a saúde dos ossos. A pessoa albina precisa ser acompanhada desde o nascimento por um dermatologista e por um oftalmologista.
O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 – Vila Assis – Mauá – fone (11) 2198-8300. https://santacasamaua.org.br/ .