Localizada em Bragança Paulista, interior de São Paulo, a Fazenda Serrinha sediará mais uma edição do programa Caminhos do Interior. Voltado para famílias que buscam reconexão com a natureza e práticas de vida mais conscientes, o evento propõe uma vivência imersiva no ritmo do campo, com atividades inspiradas na agroecologia, permacultura, antroposofia e pedagogia do fazer.
Trata-se de um convite para crianças e adultos viverem um tempo de presença com experiências em meio à terra, ao brincar livre e aos saberes agroecológicos despertando um olhar sensível para os ciclos da vida no campo. O programa, que chega em sua quarta edição, acontece entre os dias 13 e 15 de junho.
A imersão foi pensada para famílias que buscam atividades na terra e que desejam um fazer com sentido, conectado aos ciclos naturais. Ao mesmo tempo, a proposta é de fluxo livre, permeado pelo brincar.
As práticas serão conduzidas por um agroflorestor, uma pedagoga e um jardineiro-paisagista. “Vamos despertar para o ritmo da vida no campo, abrir passagem para o sensível, voltar os olhos e os corações para o pulsar da terra, ouvir os sussurros do chão”, diz a Luísa Blanco, pedagoga do programa.
As atividades também incluem caminhadas, manejo de compostos orgânicos, cuidado com a horta, coleta de elementos naturais, criação de seres fantásticos, preparo de sementes, desassoreamento do brejo e plantio de mudas.
“A ideia também é proporcionar uma pedagogia da natureza, oferecer um primeiro contato com a terra para pessoas que vivem na cidade. Mas um contato ativo, para muito além da pura contemplação”, explica o paisagista e educador Marcelo Delduque, um dos anfitriões da Fazenda Serrinha. “Vamos trabalhar o solo com a enxada, tirar lama do córrego, coletar sementes e manejar a floresta com tesoura de poda e serrote”, exemplifica.
Quem conduz as atividades
Luísa Blanco é educadora com graduação em Pedagogia e formação em Educação Terapêutica e Terapia e social e especialização em Psicopedagogia. Criou o Quintal bulbo (@quintal.bulbo), espaço de contraturno e ateliê para infância que favorece a prática da educação como uma construção diária de cuidado e afeto entre as pessoas, plantas, animais e seu entorno. Durante sua formação viveu no Camphill, comunidade antroposófica na Irlanda e Escócia e também participou de movimentos e grupos relacionados à permacultura e agroecologia. Estuda e desenvolve projetos na área de educação ambiental, pedagogia do fazer, brincar livre e outras formas de pensar processos de ensino e aprendizagem. Gosta de estar com as mãos e os pés no chão, junto com crianças, cuidando da terra.
Samuel Carvalho é pai encantado e presente, permacultor de alma, agrofloresteiro de prática cotidiana e coração. Sonhador inquieto e realizador constante: com as mãos na terra constrói todo dia a realidade que quer ver no mundo – regeneração de ecossistemas através do cultivo de alimentos que sejam nutritivos e acessíveis. Graduado em ecologia, vê na arte da agricultura uma oportunidade para ser e ver a mudança que deseja para o mundo, sobretudo para todas as agricultoras e agricultores. Já implantou e manteve uma agrofloresta que alimentava uma CSA (Comunidade que Sustenta Agricultura) de 65 famílias. Atualmente é agricultor e gestor de vários projetos agroflorestais da Balaiar- Expressões da Terra-, coletivo que tem a missão de reconectar ser humano e natureza através da agricultura, na Demétria, em Botucatu- SP. Antes da Balaiar, ministrou diversos cursos com temas como agroecologia, permacultura, agrofloresta e PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais).
Marcelo Delduque atua como paisagista, agricultor, educador e facilitador de processos de regeneração da terra e da paisagem. Eventualmente, é fotógrafo e editor. Ou um pouco de cada coisa, tudo ao mesmo tempo agora. Vive entre andanças pela Mata Atlântica e muvucas na Fazenda Serrinha, no ofício de aumentar e conectar fragmentos florestais e agroflorestais, espalhando essa ideia até depois de onde a vista alcança. Entre os projetos editoriais, gosta de destacar o livro “Amazônia – Prata – São Francisco: União d’águas, o imaginário das grandes bacias fluviais brasileiras”, organizado em parceria com Bené Fonteles, finalista do prêmio Jabuti 2014, e a exposição “Olarias”, um retrato do ofício e da vida dos oleiros da região de Bragança Paulista. Toca o dia a dia da fazenda, cuidando com especial carinho dos programas relacionados à regeneração da paisagem e dos processos educativos.
Mais da Fazenda Serrinha
Reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural, a fazenda tem dezenas de nascentes que compõem as cabeceiras da bacia do Piracicaba, alimentando também as represas do Sistema Cantareira, fundamental para o abastecimento de água na cidade de São Paulo.
O local, que produz o Festival Arte Serrinha desde 2002, é inteiramente povoado por instalações e esculturas, que estabelecem diálogos com a paisagem.
A Fazenda Serrinha é um espaço que resgata os processos da natureza e promove experiências criativas. Com seu território inteiramente em regeneração, acolhe trabalhos educativos, de autoconhecimento, de cura e de fazer artístico.
Caminhos do Interior
QUANDO: De 13 a 15 de junho de 2025
VALORES
Inclui 2 pernoites, 4 refeições por dia, todas as atividades e uso livre de todas as áreas de lazer da fazenda, com chegada no dia 13 à tarde (primeira refeição jantar) e saída no 15 à tarde (última refeição almoço). Todas as acomodações são privativas.
Maromba (chalé) e suíte conjugada do lago – R$ 1450,00 por pessoa
Suítes – R$ 1230,00 por pessoa
Refúgio e Quarto 3 (acomodações com beliches e sem cama de casal) – R$ 1050,00 por pessoa
Acampamento (cada um traz sua barraca e apetrechos) – R$ 720,00 por pessoa
Sem pernoite (para aqueles que moram nas redondezas) – R$ 660 por pessoa
Crianças de 5 a 10 anos 50%.
Crianças de até 4 anos cortesia (limitado a uma criança por quarto).
Crianças até 4 anos precisam estar acompanhadas de um adulto nas atividades
INFORMAÇÕES E RESERVAS
Pelo email: contato.serrinha@gmail.com
Pelo zap 11 99957.0118