Relatório do Ministério da Saúde mostra que o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. Os índices saíram de 22,6% em 2006 a 26,3% em 2021. Os dados mostram ainda um aumento na prevalência do indicador entre os homens, variando 5,9% para mais.
Já os dados de 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde, trazem os Estados com maiores prevalências de diagnóstico médico de hipertensão arterial. São eles: Rio de Janeiro (28,1%), Minas Gerais (27,7%) e Rio Grande do Sul (26,6%).
Para conscientizar e alertar a população sobre o principal fator de risco para as doenças do coração e, que atualmente é a principal causa de óbitos no mundo, celebramos no dia 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.
“A hipertensão tem como principal causa os maus hábitos. Além disso, o histórico familiar é um dos primeiros fatores de risco para a doença. Em seguida, vem o avanço da idade, a obesidade e sobrepeso, assim como o sedentarismo, tabagismo, alto consumo de sal, gorduras e açúcares e outras doenças, quando não tratadas”, explica o Dr. Elcio Pires Junior, cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
Diabetes e obesidade x hipertensão
Duas doenças crônicas que estão fortemente ligadas com a hipertensão e merecem destaque são o diabetes e a obesidade. Vale reforçar que a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes e hipertensão.
“Estar acima do peso faz com que o pâncreas trabalhe mais, podendo levar à resistência insulínica, causando o diabetes tipo 2. E tanto o diabetes quanto a obesidade podem causar a hipertensão, o que aumenta as chances do infarto do miocárdio. O paciente que tem diabetes deve sempre estar com a consulta no cardiologista em dia, pois os sinais de infarto podem ser atípicos. Em apenas 30% dos casos de infarto de diabéticos, os pacientes sentem tontura e dificuldades para respirar”, contou o especialista.
Pressão alta pode ser assintomática
Em muitos casos, a hipertensão não provoca sintomas claros, mas provoca sérios danos à saúde, sendo algumas das consequências o acidente vascular cerebral, o infarto, o aneurisma arterial e a insuficiência renal e cardíaca.
A pressão acima de 140/90 mmHg (ou 14 por 9) faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo.
“A melhor maneira de se prevenir contra a hipertensão é mantendo bons hábitos para se afastar dos fatores de risco e estar com o check-up em dia. E, caso você já tenha sido diagnosticado com esta doença, o tratamento medicamentoso aliado com boas práticas é essencial para manter a saúde do hipertenso”, finaliza o especialista.