Após a campanha de vacinação contra COVID-19 avançar no Brasil e as mortes causadas pelo coronavírus caíram radicalmente, os óbitos causados por conta do Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto voltaram a ser as causas mais comuns de morte em muitos estados do País.
Os AVCs foram a causa de 843 mortes, o dobro dos registros de óbitos por conta da COVID-19, que ficaram em 421, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, entre os dias 16 e 22 de março deste ano.
As mortes por coronavírus também foram superadas pelos 782 óbitos causados pelos infartos, outra doença de grande preocupação entre a classe médica.
Entenda o que é Acidente Vascular Cerebral
Um AVC é considerado uma doença grave e que surge devido à alteração do fluxo sanguíneo no cérebro, podendo ser de dois tipos.
Acidente vascular isquêmico: responsável por 80% dos casos de AVC, podendo ocorrer devido a uma trombose ou embolia.
Acidente vascular hemorrágico: considerado mais grave, surge quando acontece o rompimento dos vasos sanguíneos no interior do cérebro, denominada hemorragia intracerebral. Neste tipo há aumento da pressão intracraniana, que pode resultar em maior dificuldade para a chegada de sangue em outras áreas e agravar a lesão.
A Dra. Vanessa Milanese, diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), afirma que a doença sempre figura entre as principais causas de morte na população adulta.
“O derrame cerebral sempre foi a principal causa de morte em nosso país, a doença é uma das mais recorrentes razões de sequelas e incapacidade em todo mundo. Por ser muito mais recorrente em idosos, as pessoas acham que os mais jovens estão livres de sofrerem um derrame, mas o que temos visto na prática clínica foi um grande aumento de casos, principalmente após a infecção pela COVID-19”, comenta a especialista.
Atenção aos primeiros sinais de um AVC
Os sintomas de um Acidente Vascular Cerebral são diversos mas podem incluir:
O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento e qualquer sintoma atípico deve ser investigado por um especialista.
“Ter um estilo de vida mais saudável, praticar atividade física, não fazer uso de tabaco, evitar uso de drogas e controlar a diabetes pode ajudar a reduzir em até 80% as chances de um problema nesse sentido. Se o paciente em algum momento tiver sido contaminado pelo novo coronavírus os cuidados devem ser redobrados “, finaliza a neurocirurgiã.