Não é surpresa para ninguém que entramos na era digital, e com ela tivemos diversas alterações no funcionamento do nosso dia a dia, a crescente adoção de formatos de ensino híbrido e remoto demonstra isso perfeitamente, a exposição a essa quantidade imensa de conteúdo disponível na internet diminui o período de atenção do usuário, que muitas vezes é um jovem, afetando o seu desempenho de aprendizado, pensando nisso novas formas de distribuir conteúdo foram pensadas, como o ensino visual que se resume a uma estratégia para capturar a atenção dos ouvintes e facilitando a compreensão de conceitos complexos. A educação moderna enfrenta os desafios de manter os estudantes engajados e assegurar a retenção de informações.
“Pensando nisso empregamos recursos como vídeos, mapas conceituais, diagramas e organizações gráficas, para demonstrar uma abordagem eficaz na melhoria da aprendizagem”, diz Guilherme Ogg, um dos idealizadores do Estúdio 42 empresa responsável pela produção dos esquemas gráficos de grandes canais como Nerdologia e Jovem Nerd. Pesquisas apontam que o cérebro humano processa informações visuais 60.000 vezes mais rápido do que textos, sugerindo que materiais visuais podem potencializar o aprendizado em até 400%.
“Um ótimo exemplo dessa visualização de conteúdo é com o estilingue gravitacional, que é quando um objeto utiliza a gravidade de um planeta para ganhar velocidade indo para outro sentido. Explicando assim pode ser complexo, agora quando você cria um material visual interessante como uma animação para contar essa história com uma nave espacial indo em um sentido, passando perto da órbita de um planeta e saindo em uma direção oposta muito mais rápido do que entrou, você entende que parece um estilingue mesmo”, diz Guilherme Ogg.
Por isso, a utilização de vídeos educativos e mídias digitais ganham destaque como boas ferramentas. A chave para seu sucesso reside na qualidade e no engajamento do conteúdo. Longe de substituir o professor, esses recursos visuais complementam os conteúdos, tornando-os mais dinâmicos e interessantes. A incorporação de elementos da cultura pop e a conexão com eventos atuais os tornam ainda mais atrativos para o público, aumentando sua efetividade.
Os mapas conceituais, por sua vez, representam uma técnica de organização e relacionamento de informações, facilitando o desenvolvimento do pensamento crítico e o entendimento de conceitos relacionados. Eles permitem ao espectador visualizar as ligações entre ideias, contribuindo para uma assimilação sistêmica dos conteúdos.
A transição para métodos de ensino que priorizam o visual não é apenas uma resposta às limitações impostas pelo ensino a distância, é a aceitação da mudança que temos, abraçando-a ao invés de lutar contra ela. Mesmo após o retorno ao ensino presencial no pós pandemia, foi possível observar que as práticas de ensino digital e híbrido permanecem por sua eficiência e acessibilidade.
Apostar no ensino visual é, portanto, uma maneira de preparar os estudantes para o futuro, equipando-os com as habilidades necessárias para processar e aplicar informações para pessoas cada vez mais saturadas de dados. Com o tempo, a integração de abordagens visuais na educação promete não apenas melhorar a qualidade do ensino, mas tornar o aprendizado uma experiência mais atrativa e efetiva.