São Paulo está entre os estados com um dos melhores níveis no ranking do Índice de Proficiência de Inglês (EPI), da EF Education First na plataforma da EF English Live, maior escola on-line de inglês do mundo. A participação foi de mais de 2 milhões de pessoas de 112 países em que o inglês não é a língua nativa. São Paulo fez 506 pontos na avaliação, que vai até 800, e recebeu classificação de domínio da língua como “moderado”.
“O levantamento mostra que o estado está antenado em relação à importância de saber inglês para a vida pessoal e também profissional. Mas, apesar de um bom posicionamento, ainda há um longo caminho a percorrer”, avalia o Country Manager da EF English Live do Brasil, Wagner Domingues.
No ranking de cidades, a capital São Paulo conquistou 546 pontos, ficando na frente de Curitiba (545), Porto Alegre (531) e Campinas (530).
O melhor nível conquistado no Brasil foi o moderado e Minas Gerais (534) é o estado com o melhor índice, seguido pelo Paraná (532), Santa Catarina (527), Rio Grande do Sul (526) e Distrito Federal (521). Rio de Janeiro (506), São Paulo (506) e Pernambuco (501) completam o ranking da classificação.
O EPI realiza um teste gratuito no site efset.org que classifica os participantes de acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (CEFR, sigla em inglês).
Em relação ao ranking global, o Brasil conquistou sete pontos a mais do que em 2020, saindo de 490 para 497, considerado nível “muito baixo” pela avaliação. Mesmo assim, essa elevação não foi suficiente para melhorar a posição no ranking, considerando que outros países tiveram melhores pontuações. Por isso, o país ficou em 60° lugar, atrás da Tunísia, de El Salvador, do Peru e do Irã.
“Além de afastar muitas oportunidades de trabalho e educação, baixos níveis de proficiência também podem impactar indicadores socioeconômicos de um país. O estudo ainda indica que altos índices de proficiência costumam ser acompanhados por renda média, qualidade de vida, PIB e investimento em pesquisa e progresso mais elevados. Uma nação que busca desenvolvimento precisa investir em educação e preparar sua população para oportunidades a nível global”, analisa Wagner.
Para o Diretor Geral da Hult EF Corporate Education no Brasil, Eduardo Santos, ainda falta no Brasil a percepção de que o inglês é competência fundamental para inclusão social e crescimento não só da nação como de cada indivíduo.
“O inglês no Brasil deve passar a ser considerado uma poderosa ferramenta de inclusão e empoderamento. Falar inglês facilita a entrada no mercado de trabalho e o desenvolvimento profissional, acadêmico e pessoal. Por exemplo, um pesquisador que sabe inglês tem acesso a uma gama de pesquisas relevantes no cenário mundial. O aprendizado do idioma melhora, inclusive, a capacidade de comunicação na própria língua materna. Também é importante perceber a relevância do inglês para o fomento do comércio internacional, exportação de serviços e desenvolvimento do próprio país ”, ressalta Santos.
O primeiro lugar do ranking é ocupado pelos Países Baixos, seguido da Áustria e da Dinamarca. Os três piores países, com nível muito baixo, são: República Democrática do Congo, Sudão do Sul e, em último lugar, Iêmen. Os resultados globais também mostram que Europa é o único continente que apresenta média regional muito alta, apesar de Espanha e Itália ainda continuarem com nível moderado. Na Ásia, a média dos países é moderada; África e América Latina, baixa; e Oriente Médio é muito baixa.
Os dados completos do EPI podem ser consultados na página oficial da pesquisa.