No auge do verão, quando os dias são longos e o sol brilha intensamente, a vontade é aproveitar ao máximo as atividades ao ar livre. No entanto, nem todos os raios do sol são vitamina D. As queimaduras solares podem parecer inofensivas à primeira vista, mas o excesso de exposição aos raios ultravioleta pode levar a quadros graves de queimaduras, com manchas avermelhadas e até bolhas.
As queimaduras solares ocorrem rapidamente e deixam marcas duradouras na pele se não forem tratadas adequadamente. Andrezza Silvano Barreto, enfermeira da Vuelo Pharma, explica que os sintomas incluem ardor, dor, coceira, sensibilidade e descamação.
“Embora seja comum associar queimaduras solares apenas à pele vermelha e dolorida, elas podem variar em gravidade, desde vermelhidão leve até bolhas e descamação”, conta.
Nestes casos, a orientação é lavar o ferimento com água corrente, evitar cobrir a área afetada, não aplicar nada além de água e procurar assistência médica para casos mais sérios. “A aplicação de produtos caseiros não é recomendada, pois pode agravar a queimadura e, ainda, prejudicar a avaliação do profissional de saúde”, ressalta.
Para o tratamento de queimaduras de segundo grau, aquelas que desprendem a pele ou causam bolhas, Andrezza recomenda o uso de um curativo à base de celulose que atua isolando as terminações nervosas e minimizando a dor.
“A Membracel, produto de tecnologia 100% nacional, é de fácil acesso e está disponível em e-commerces e casas cirúrgicas”. Segundo ela, o produto acelera a regeneração da pele e é considerado o curativo do futuro pela sua alta eficácia no tratamento de queimaduras e outras lesões de pele.
Outra conhecida queimadura de verão é a fitofotodermatose, condição médica conhecida como queimadura provocada por limão e outras frutas cítricas, que ocorre devido à reação do suco dessas frutas com os raios ultravioleta do sol.
“Essa reação desencadeia um processo inflamatório na pele, resultando no surgimento de manchas avermelhadas, frequentemente acompanhadas de sensações de coceira ou ardência. Em casos mais severos, podem se desenvolver bolhas na pele”, explica Andrezza. Os sintomas podem surgir até 48 horas após a exposição solar.
Além do limão, outras frutas como laranja, tangerina, abacaxi, kiwi e caju, contêm furocumarinas, substâncias responsáveis pela fitofotodermatose.
Para evitar tais incidentes, é crucial lavar minuciosamente as mãos com água e sabão após o manuseio da fruta.
“É recomendável lavar o rosto, especialmente ao redor da boca, após consumir sucos ou caipirinhas de limão. Após manuseá-las, é fundamental lavar bem as mãos com água corrente e sabão”, alerta Andrezza.
Outras formas de queimaduras comuns no verão incluem as causadas por superfícies quentes (como areia ou calçadas), as queimaduras relacionadas a atividades que envolvem fogo (como churrascos e fogueiras) e as queimaduras por toxinas, como as causadas por águas-vivas.
“Ao sentir-se queimado por uma água-viva, a primeira ação deve ser sair imediatamente do mar e buscar abrigo em um local que não esteja exposto ao sol”, explica a enfermeira da Vuelo Pharma.
Em seguida, é essencial lavar a ferida com água salgada, preferencialmente retirada do próprio mar. “Aplicar vinagre pode ajudar a neutralizar a toxina liberada pelo animal e impedir sua disseminação. Além disso, soro fisiológico e uma solução de bicarbonato de sódio diluído em água também podem ser utilizados nesse momento inicial para aliviar os sintomas e reduzir a irritação causada pela queimadura”, diz.
Em qualquer caso de queimaduras, é importante agir rapidamente. “Para queimaduras mais graves, como as de segundo e terceiro grau, é fundamental procurar um profissional de saúde com urgência para avaliação e tratamento adequados”, conta Andrezza.
A enfermeira finaliza com três dicas essenciais do que não fazer em nenhum caso de queimadura. “Não estoure bolhas resultantes da queimadura. Evite aplicar produtos caseiros sobre a lesão e nunca aplique gelo sobre a queimadura”.