Desde o início da pandemia, as prioridades mudaram nas empresas e ficou ainda mais difícil fortalecer a cultura organizacional em um contexto remoto, em que não há mais tanto controle como havia presencialmente. Segundo uma pesquisa da consultoria Grant Thornton, o valor da ‘adaptabilidade’ triplicou de importância (63%) e novos aspectos mais relevantes passaram a ser reconhecidos, como conectividade digital (29%), atitude positiva (25%), bem-estar (23%), cautela (20%), compartilhar informações (19%) e comunicação aberta (19%).
No evento CEO Fórum Sul, realizado pela Amcham Brasil e suas regionais no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, 130 empresários participantes debateram a vulnerabilidade na
A seguir, conheça cinco dicas dos participantes do evento que podem ser aplicadas ao dia a dia dos líderes para lidar e tirar proveito das suas próprias vulnerabilidades:
Propósito
Verifique se o propósito da existência da sua companhia está alinhado com seu propósito pessoal. A razão de existir da organização deve motivar e engajar todos os colaboradores, inclusive a liderança.
Gestão de pessoas
Cuidar das pessoas é um dos trabalhos dos líderes neste momento. O ser humano é indivisível, e qualquer problema em casa ou na família reflete no trabalho, por isso o olhar do líder deve ser, sobretudo, sobre as pessoas.
Controle
O controle absoluto é totalmente impossível e o mal-estar está no sentimento da falta de controle do tempo, de fenômenos naturais e de outras pessoas. Para se tornar líderes de pessoas não é preciso controle, mas sim manter a admiração, a confiança e o respeito das pessoas, e o caminho para isso é a transparência.
Transparência
Ser transparente é ser simples. Diferente de antigamente, quando havia sempre a imagem de um líder envolto por assessores, por uma secretária, numa sala em separado, e, do outro lado, times expostos à dura realidade, hoje os líderes estão mais participantes deste dia a dia. Neste papel, de participante da realidade, é necessário ser transparente e, ao mesmo tempo, ter inteligência para não gerar pânico e saber equilibrar as pressões diante de crises e problemas do cotidiano de uma organização. No fim, as pessoas querem lidar com pessoas, e um líder tem que reconhecer seu papel como parte do time.
Escolha
Líderes geralmente lidam com a ansiedade da escolha e devem aceitar que é necessário escolher, mesmo sabendo que escolha é também renúncia e que há sempre a possibilidade de desagradar alguém.
Além da CEO da Amcham, Deborah Vieitas, participaram do evento como palestrantes o CEO da companhia de energia e logística Cosan, Luis Henrique Guimarães, o médico, escritor e consultor Eugenio Mussak e o ex-CEO da Zara Brasil e da Azul Brasil e conselheiro empresarial Pedro Janot.