Novembro é o mês da conscientização sobre o câncer de próstata, tipo de tumor mais comum em homens acima de 50 anos de idade, afetando 1 em cada 6 indivíduos durante a vida. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que para cada ano do triênio de 2020 a 2022, sejam diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos de câncer de próstata. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens.
Dr. Leonardo Borges, urologista credenciado Omint, reforça que, mesmo em período de pandemia, homens devem seguir com as suas consultas de rotina para evitar diagnósticos tardios. “Alguns tipos de tumores podem não necessitar de tratamento específico, mas requerem um acompanhamento contínuo, enquanto outros devem ser prontamente tratados, devido ao comportamento maligno invasivo. Quando precocemente detectado, restrito à próstata, há uma maior chance de cura, por isso é tão importante a consulta anual com o urologista e a realização de check-ups periódicos, mesmo em pessoas assintomáticas”, orienta.
Para dar suporte a essa rotina, em situações de dúvidas e orientações pontuais, a Omint ainda disponibiliza o Dr. Omint Digital, plataforma de orientação médica por videoconferência, que colocam à disposição do cliente um médico Omint apto a prestar orientações médicas de forma simples e conveniente.
Acompanhamento médico e rastreamento são fundamentais para um bom prognóstico
A Sociedade Brasileira de Patologia estima que, por conta da pandemia do coronavírus, ao menos 50 mil brasileiros deixaram de fazer o diagnóstico de câncer neste período e outros milhares, já com tumores confirmados, tiveram seus tratamentos adiados.
Segundo Dr. Leonardo, mesmo nesta fase de limitação de deslocamentos, o acompanhamento médico e tratamentos que já vinham sendo feitos não devem ser abandonados. “Há problemas de saúde que não podem ser esquecidos ou adiados. É muito importante que pacientes e urologistas conversem para saber sobre o estado de saúde, avaliar os riscos e benefícios de se fazer os exames de rotina e a possibilidade de prosseguir com o procedimento cirúrgico programado ou não”, explica.
Prevenção e diagnóstico precoce
O urologista também alerta que o câncer de próstata normalmente não apresenta sintomas em suas fases precoces. “Por isso o rastreamento e a conversa com um especialista são as formas mais efetivas para o diagnóstico precoce, permitindo a identificação de anomalias em sua forma inicial”, afirma o Dr. Leonardo Borges. Uma vez que o exame físico da próstata ou o antígeno prostático específico (PSA) – exame de sangue usado para diagnóstico e monitoramento de alterações na próstata – apresentem variações que levem à suspeita de tumores, uma biópsia de próstata deve ser realizada para confirmar o diagnóstico.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens a partir de 50 anos devam procurar um urologista para realizarem os exames de detecção precoce do câncer de próstata. Aqueles com fatores de risco, como histórico familiar de câncer de próstata (parentes de 1º. Grau) e raça negra, devem iniciar as consultas aos 45 anos. “Para se ter uma ideia, pacientes que têm um familiar de primeiro grau com câncer de próstata, têm duas vezes mais risco de desenvolver a doença durante a vida, enquanto aqueles com dois familiares de primeiro grau acometidos, elevam esse risco em seis vezes mais”, alerta.
“Minha orientação é que procurem o urologista para a avaliação rotineira a fim de obter informações sobre o rastreamento e as possíveis vantagens do diagnóstico precoce – em estágios iniciais a chance de cura chega a 90%. Paciente e médico devem decidir as formas de abordagem de modo individualizado para cada estado de saúde. Vale lembrar que um diagnóstico tardio do câncer de próstata piora as chances de cura e os resultados funcionais do tratamento”, completa o médico.
“A visita ao urologista motivada pelo Novembro Azul também deve ser encarada como uma oportunidade de promoção à saúde. Na consulta, o médico é capaz de realizar um inventário de todo o estado de saúde do paciente, identificando e informando quais hábitos não saudáveis devem ser revistos”, finaliza o Dr. Leonardo Borges.