A identificação das memórias e referências culturais nas regiões de Campo Grande e Paranapiacaba, em Santo André, e na cidade de Rio Grande da Serra, é o tema da nova live sobre inventários participativos do projeto cultural de restauração da Estação Ferroviária de Campo Grande.
O encontro será nesta quinta-feira (19), às 19h, no canal do YouTube da Contemporânea Paulista (https://www.youtube.com/results?search_query=contempor%C3%A2nea+paulista). O escritório de arquitetura e urbanismo, especializado em restauração de patrimônio histórico cultural, gerencia a obra que recupera a Estação Campo Grande desde o primeiro trimestre do ano.
O projeto cultural de restauração da Estação Ferroviária de Campo Grande é patrocinado pela MRS Logística, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. A iniciativa, que prevê também uma série de atividades de educação patrimonial, tem apoio da Prefeitura de Santo André e do Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André).
As atividades educativas, no entanto, estavam previstas para acontecer de forma presencial, mas, por conta da pandemia, precisaram ser adaptadas para o formato online. A primeira live, com o tema “A importância da Educação Patrimonial nas obras de restauro”, que também faz parte das atividades previstas no projeto cultural da restauração, aconteceu dia 26 de setembro.
A live desta quinta-feira exibirá imagens antigas da Estação Ferroviária de Campo Grande para mostrar como a realização de inventário participativo do patrimônio histórico da região contribui com a preservação da história do local. Já as cenas atuais vão revelar o método de identificação dos patrimônios culturais.
Para explicar a participação da população no processo, serão utilizadas imagens das atividades educativas e depoimentos de representantes da comunidade local. No final do encontro, com a presença do turismólogo Paulo Tácio Aires Ferreira, do Museu de Santo André, serão debatidas as memórias e referências culturais identificadas.
O encontro contará, ainda, com a participação da arquiteta Fabíula Domingues, sócia da Contemporânea Paulista, e dos especialistas em arquitetura e história, Mariana Kimie Nito e João Demarchi Lorandi, integrantes da Repep (Rede Paulista de Educação Patrimonial) e responsáveis pelo estudo.
A conversa é aberta aos interessados nas áreas de cultura, educação e, em especial, a agentes culturais, professores estudantes, e moradores dos municípios de Santo André e Rio Grande da Serra. O público presente terá acesso gratuito a uma compilação exclusiva, intitulada Caderno Trilhando Ideias, Estação Campo Grande e Inventário Participativo, com os dados apresentados no estudo.
Estação Ferroviária de Campo Grande – Com 300 metros quadrados de área construída e 7.500 metros quadrados de área externa, a Estação Ferroviária de Campo Grande é um edifício histórico, construído na segunda metade do século XIX pela empresa inglesa São Paulo Railway. O projeto de restauração foi elaborado pelo arquiteto Laerte Gonzalez. O escritório de arquitetura e urbanismo Contemporânea Paulista coordena a obra que é executada pela Anwal Engenharia desde o primeiro trimestre de 2020.
Atualmente, a Estação Ferroviária de Campo Grande está sob responsabilidade da MRS Logística, concessionária de transporte de carga pela ferrovia. Após a obra, a estação será usada como centro de controle operacional das composições MRS que trafegam pela região em direção ao Porto de Santos ou retornando no sentido do interior de São Paulo, entre outros destinos.