O Conselho da Europa e União Europeia promovem anualmente, como notável iniciativa social e cultural, o evento Jornadas Europeias do Patrimônio com a participação de mais de 50 países. O objetivo é permitir o acesso gratuito da população a atividades diversas que tangenciam o tema patrimônio em diferentes instâncias. Ou seja, a cada ano muda a proposta a que se pretende trabalhar permitindo que o patrimônio seja abordado a partir de múltiplas possibilidades.
Contudo, se destaca o cuidado com a construção do olhar consciente da população em relação ao seu patrimônio, seu reconhecimento, valoração e preservação. Nesse ano de 2020 o tema é bastante auspicioso: Patrimônio e Educação e, de acordo com o site da Direção Geral do Patrimônio Cultural da República Portuguesa, “pretende-se com este tema sensibilizar para o papel do património na educação e para o papel da educação no património”.
Em decorrência da pandemia caudada pela covid-19, naturalmente as atividades serão ofertadas on line por diferentes plataformas e endereços de internet que podem ser verificados no site do evento de cada país envolvido. Isso traz a possibilidade de profissionais de outros países participarem, pois embora a iniciativa parta de países europeus, o tema patrimônio é pertinente ao mundo todo. E por que não trabalharmos a educação para o nosso patrimônio em uma esfera mundial?
A intenção parece ambiciosa, mas se pararmos para analisar veremos que a educação patrimonial está além das dinâmicas territoriais e nada mais ensina do que valores humanos. E tais valores são inerentes à nossa natureza, acredito, mas precisam de um despertar para que possam efetivamente florescer e dar frutos em nossas almas e nas sociedades.
Dentre as inúmeras classificações para o patrimônio podemos evidenciar, sobretudo nesse momento, o nosso patrimônio ambiental. Seja no Brasil ou em outro país, o patrimônio ambiental precisa ser preservado e isso somente ocorre quando a população passa a conhecer a importância desse bem tão precioso. Infelizmente ainda paira a ideia absurda de que nosso meio não é de nossa responsabilidade ou não enxergamos a gravidade de nossos atos.
É hora de mudarmos a nossa postura, de nos tornarmos mais conscientes e respeitosos com nosso planeta e meio em que vivemos. Para tanto, devemos realmente explorar o tema patrimônio e educação ao máximo dando a oportunidade a todos de conhecerem mais sobre o assunto e sua história. Educar patrimonialmente para a preservação é uma forma de contribuir com a edificação de uma cultura de paz.
Sendo assim, vamos destacar o tema “Educação para o patrimônio ambiental” que será trabalhado em uma live especial, no dia 26 de setembro, às 17h, na página do facebook da área de Linguagens Cultural e Corporal, do Centro Universitário Internacional Uninter. O evento integra o conjunto de atividades das Jornadas Europeias do Patrimônio, de Portugal. Esperamos por você!
Autora: Danielly Dias Sandy é museóloga, mestra em Museologia e professora da área de Linguagens Cultural e Corporal nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais do Centro Universitário Internacional Uninter.