Segundo os novos resultados de março deste ano, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mais de 34 milhões de brasileiros adultos perderam 13 ou mais dentes, e 14 milhões vivem sem nenhum deles. “Existem muitos motivos para que as perdas dentárias ocorram. Alguns deles são maus hábitos, falta de limpeza, idade e vícios” afirma o Dr. Fábio Bezerra, implantodontista e diretor global de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da S.I.N Implant System.
Felizmente, o problema tem solução. Para promover a reabilitação oral, fonética e mastigatória, além de melhora na autoestima, os tratamentos mais indicados são as dentaduras e os implantes dentários. Embora com o mesmo objetivo, os dois processos apresentam prós e contras, que devem ser do conhecimento do profissional e do paciente.
Dentadura
Em casos de perda dentária total, as dentaduras são bastante indicadas. A grande vantagem delas é sua praticidade. Neste caso, elas são próteses mucossuportadas, isto é: são encaixadas nas gengivas para o suporte e formam um conjunto de dentes para os maxilares, tanto inferior quanto superior, dependendo da necessidade do paciente. Ou seja, oferecem uma recomposição dentária total. Pelo fato do procedimento não demandar cortes, anestesias ou cirurgia, para a colocação, a adaptação tende a ser muito rápida. No dia a dia, por não serem fixas, as dentaduras podem ser retiradas da boca facilmente para atividades como comer e dormir, ou sempre que preciso.
Contudo, os riscos e as dificuldades também devem ser mencionados. É importante reforçar que, quando uma perda dentária acontece, ocorre também uma reabsorção do osso alveolar que circunda as raízes dos dentes, e esse processo o deixa desgastado e mais fino. Infelizmente, com o uso das dentaduras, a situação tende a piorar de forma gradativa. Por pressionar diretamente essa região específica da boca durante a mastigação de alimentos mais duros e consistentes, é comum o paciente sentir dores frequentes nas gengivas, o que pode ocasionar problemas futuros também em outras áreas. Visando o bem estar e a saúde bucal, a recomendação dos profissionais é que a prótese seja trocada a cada dois anos.
Por ser móvel, outra situação incômoda também é recorrente: a possibilidade da dentadura se soltar e cair da boca em momentos como a fala, a alimentação e, até mesmo, quando a pessoa espirra. Esses eventos afetam a autoestima do paciente, tanto em sua autoimagem como na vida social. Resultado: a pessoa não se sente confiante e começa a evitar encontros com amigos e familiares.
Implantes Dentários
Os implantes dentários são considerados ótimas alternativas nos casos de perdas parciais, unitárias e totais.
Diferente das dentaduras, os pinos de titânio do procedimento são fixados no próprio osso por meio de uma cirurgia simples e tranquila. E após a integração óssea concluída – processo que recebe o nome de osseointegração –, a prótese definitiva é finalizada e o paciente ganha de volta uma aparência natural com o sorriso almejado. Além disso, a fonética evolui progressivamente e, em decorrência disso, a autoconfiança melhora bastante, com ganhos significativos para a saúde mental.
Vale ressaltar que, mesmo nas situações de perda total dos dentes, o tratamento permite também uma reabilitação total relativamente tranquila. Nesse caso, não é necessário colocar implantes em cada um dos pontos da boca. Após a análise, por meio de radiografias e tomografias, a equipe odontológica irá eleger de quatro a seis pontos estratégicos para fixar os implantes. Com isso, a prótese terá um apoio seguro, sem envolver outras áreas, como por exemplo, o céu da boca. Dessa forma, o paciente não terá nenhum incômodo ou problema.
Para além da estética, os implantes estimulam uma melhor mastigação e promovem a movimentação de toda a mandíbula. Desse modo, é possível evitar desgastes, que ocorreriam com a sobrecarga nos músculos, e, ainda, prevenir que outras estruturas da boca fiquem danificadas. Consequentemente, o implante ajuda a recuperar a sensibilidade de gosto, temperatura e textura dos alimentos. Quando o paciente segue as recomendações de higiene e visita periodicamente seu dentista, os implantes podem durar por toda a vida, superando tranquilamente mais de dez anos.