O cliente consciente tem acesso a diversas campanhas de consumo moderado de álcool, mas como prerrogativa todo cliente tem direito à segurança, à escolha e ao direito de ser ouvido e, especialmente, à informação. Todos esses direitos permeiam na vida do consumidor e com a bebida alcoólica não poderia ser diferente.
Os destilados ilícitos correspondem a cerca de 36% do volume de bebidas destiladas comercializadas no país. Segundo dados da consultoria Euromonitor, a venda clandestina teve crescimento anual de 10,1% em 2020, evoluindo 6,4% em 2021.
Uma das diretrizes defendida pela Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) é de fortalecer de forma educativa o consumo consciente de álcool e especialmente atuar junto ao Poder Público para o combate de comercialização de bebida falsificada.
As bebidas falsificadas podem causar lesões no fígado e no pâncreas mais rápido, além do risco de intoxicação e o desenvolvimento de alergias. Com base em relatos de experiências e atuação em seminários, o presidente da entidade, Eduardo Cidade, chama a atenção para os efeitos de saúde e econômicos que o consumo de bebida falsificada podem causar.
“É necessário termos um olhar atento ao tema e, especialmente, vigilante. O consumo de bebida falsificada pode gerar danos graves à saúde. Além disso, cabe destacar que mentir ou omitir informações para induzir o consumidor à compra pode ser considerado estelionato, isso porque constitui em crime contra as relações de consumo”, ressalta Cidade.
Saiba como identificar bebidas ilegais
O consumidor deve ficar atento a fim de não cair em armadilhas na compra de bebidas alcóolica.
– Atenção se o volume da garrafa está muito baixo ou muito alto. As empresas atuam com testes de qualidade rigorosos e geralmente padronizados;
– Observar se o lacre de segurança está intacto;
– Observar e comparar a coloração do líquido;
– As bebidas atuam de forma transparente e por isso nos rótulos sempre há advertências sobre o consumo excessivo;
– Ficar atento ao preço é um indicador essencial. Fuja de preços baixos demais e desconfie de ofertas fora do normal;
– Compre em estabelecimentos de confiança.
A Associação está comprometida com o consumo consciente e por isso a entidade tem realizado várias agendas institucionais com o Poder Público para debater o tema e o setor, entre eles Receita Federal, Ministério da Saúde e Polícia Rodoviária Federal. “Combater a falsificação de bebidas começa com uma atitude individual e que traz benefícios coletivos. É essencial atuar de forma colaborativa em campanhas educativas para evitar os danos à saúde de eventual consumo de bebida falsificada e também debater como a sociedade sofre em termos de impactos fiscais e econômicos com o mercado ilegal de bebida alcóolica”, destaca o presidente da ABBD.