O baixo número ou a ausência de óvulos após uma estimulação ovariana controlada (COS) nos procedimentos de Fertilização in Vitro (FIV) ainda representa um enorme desafio quando o assunto é tratamento da infertilidade. A ótima notícia é que a Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, sempre buscando disponibilizar os melhores e mais avançados recursos, desenvolveu uma técnica inédita que traz esperança para muitas mulheres: a TetraStim. Desenvolvido depois de muitos estudos, o procedimento ganhou notoriedade em uma das mais conceituadas revistas sobre ginecologia do mundo, a Gynecological Endocrinology.
O médico e ginecologista da Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, dr. Marcos Sampaio, explicou no que consiste a técnica e de que forma tem beneficiado mulheres em tratamento de FIV. Confira!
O que é a TetraStim?
A técnica TetraStim consiste em quatro estímulos ovarianos controlados mínimos consecutivos seguidos por recuperação e vitrificação de óvulos. Observamos que no dia seguinte à coleta dos óvulos, na fase não convencional (fase lútea, que compreende o período entre a ovulação e o começo da menstruação), o ovário responde melhor. Repetimos este estímulo por quatro vezes consecutivas para que seja possível coletar um maior número de óvulos. Observamos uma média de 5 óvulos.
Como surgiu a ideia do estudo?
A falta de possibilidades de tratamento é frustrante para os casais. E como a doação de óvulos não é uma opção para muitos deles, oferecemos alternativamente a opção de criopreservar óvulos para acumular e, posteriormente, descongelar, fertilizar e transferir os embriões.
A Clínica Origen está constante evolução, disponibilizando técnicas e recursos capazes de permitir às mulheres realizar o sonho da maternidade com total segurança. Temos a tecnologia como nossa aliada em estudos dessa magnitude e, além disso, contamos com um corpo clínico altamente qualificado. São atributos essenciais, que nos dão o respaldo para sermos pioneiros em diversas técnicas.
Quais as principais vantagens da técnica?
Trata-se de uma alternativa viável, com baixa dose hormonal, para aumentar o número de óvulos e embriões e melhorar as taxas de gravidez sem cancelamentos. Embora o procedimento seja um pouco mais longo que o convencional, com duração média de três meses, conta com doses hormonais bem mais baixas e, consequentemente, é mais barato.
Quais os fatores responsáveis pela baixa reserva ovariana?
A baixa resposta ovariana está associada à idade da mulher, podendo, também, ser ocasionada por cirurgia ovariana anterior. Hoje em dia tem aumentado muito este quadro mesmo em mulheres jovens. Existem teorias mais ainda não sabemos a causa. Todavia, em casos mais raros, pode ser observada até mesmo em mulheres jovens, com reserva ovariana normal, mas sem que haja resposta à estimulação.
Como foi realizado o estudo e quais os resultados observados?
Cerca de 130 pacientes, com idade média de 38 anos, foram submetidas ao TetraStim. Do total, apenas uma paciente não teve oócitos (0,8%),ou seja, uma taxa de sucesso de 99,2%.
Ainda segundo o especialista, não há registros de estudos semelhantes, que considerem o uso de quatro estimulações ovarianas mínimas controladas e consecutivas (TetraStim) como alternativa para o aumento do número de oócitos (óvulos) e melhora da resposta ovariana.