Um departamento 100% voltado à adaptação pedagógica de alunos com deficiência ou à acomodação laboral dos colaboradores PCD é como pode ser definido o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da Universidade Metodista de São Paulo. É no NAI que a comunidade PCD encontra soluções seja para uma infraestrutura inclusiva ou para combate ao preconceito.
“Havendo a demanda, montamos a adaptação”, destaca a coordenadora do NAI, professora Elaine Vilela, que enumera providências como a presença de um intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) em todos os eventos abertos da Metodista ou a transcrição de aulas em Braile para alunos da Educação a Distância, entre outros.
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi instituído em 21 de setembro pela Lei 11.133/2005 a fim de conscientizar sobre a importância da inclusão na sociedade das pessoas com deficiência, física ou mental. Já a Lei 8.213/91, também conhecida como Lei de Cotas, fixa entre 2% e 5% o número de vagas destinadas a PCD em empresas acima de 100 funcionários.
A Metodista caminha para ser uma universidade acessível. Boa parte de seus campi tem sinalização no solo para deficientes visuais, a biblioteca escaneia livros para serem adaptados com voz e há também o recurso Dos-VOX para leitura de telas no computador.
“Também trabalhamos com metodologia ativa para alunos PCD ou não. O professor disponibiliza todo o conteúdo antes da aula para que todos cheguem no dia conhecendo a lição”, conta prof. Elaine.
Há ações de apoio até mesmo para quem tem TDHA (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) ou dislexia, que acarretam dificuldade de aprendizagem, embora não sejam reconhecidos como deficiência. Para eles, a Metodista promove adaptações como provas mais curtas ou provas orais. Alunos cadeirantes, outra classificação de PCD, são sempre acomodados em andares térreos.
NAI inclusivo
O próprio Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da Metodista é um espaço inclusivo. Adilson Ramos de Oliveira Luz, de 46 anos, tem uma válvula na cabeça devido a hidrocelafia de nascença, o que lhe impõe restrições para trabalhos físicos com peso. Com 2º grau completo, ele executa sem problemas a rotina administrativa do NIA.
Já Lucas Venâncio Araujo Silva, de 23 anos, diagnosticado com TDHA nível 1, é produtor de conteúdo e auxilia no serviço à comunidade e como intérprete de Libras. Graduado em Letras e Inglês e com pós em Interpretação, sua limitação neurológica é leve e se expressa na forma de falta de concentração ou rejeição a tarefas repetitivas, por exemplo.
O NIA conta também com Kemelin Graziela, de 23 anos, que não é PCD mas é um braço forte no acompanhamento de alunos surdos em sala de aula e em eventos com a linguagem de Libras, além da tradução de material da Educação a Distância. Aluna de Design Gráfico, ela auxilia também na produção de conteúdo do setor.