Você ou alguém que você conhece já usou cannabis para fins medicinais? Recentemente, Toluna Insights e Clever Leaves liderou um estudo no qual pesquisou mais de 800 brasileiros para determinar como as pessoas percebem a maconha como uma alternativa médica. A pesquisa evidenciou que quase 30% dos indivíduos pesquisados usaram cannabis recreativa e mais de 35% a usaram para fins medicinais ou conheciam alguém que o fazia.
Os resultados demonstram a importância de investir em pesquisas científicas para educar os consumidores sobre os equívocos em torno do uso de cannabis e seu potencial no tratamento de certas condições. É por isso que a Clever Leaves lançou o Project Change Lives, uma iniciativa de pesquisa nos EUA, por meio da qual a Empresa se comprometeu a contribuir com o valor de varejo de até US$ 25 milhões (que correspondem à 250.000 garrafas de óleos ou 5 toneladas de flores de cannabis medicinal) para qualquer organização dos EUA elegível para ajudar no avanço da pesquisa científica sobre os benefícios médicos potenciais dos canabinóides e o possível desenvolvimento de novas terapias.
O CEO da Clever Leaves, Kyle Detwiler, explicou que o projeto tem como objetivo expandir a inovação em torno da cannabis. “À medida que avançamos com este projeto, pretendemos desenvolver a narrativa da cannabis com o objetivo ideal de fornecer à maioria dos pacientes necessitados produtos canabinoides de grau farmacêutico. Queremos tratar problemas médicos e deixar o mundo um lugar melhor”.
O Brasil tem um grande potencial de pesquisa como mostra o estudo “Tendências Globais em Cannabis e Cannabinoid Research de 1940 a 2019”, que traz uma análise bibliométrica dos 1.167 artigos científicos publicados entre 1940 e 2019, e considerados de relevância científica pelas principais bases de dados, coloca a USP (Universidade de São Paulo) em primeiro lugar como a instituição que mais publica artigos sobre canabidiol (CBD) no mundo.
“O Brasil, para nós, é o mercado perfeito porque a cannabis entrará no setor farmacêutico se for legalizada. Esse tipo de coisa que te deixa animado para entrar no mercado”. Se considerarmos a população do Brasil de mais de 200 milhões de pessoas, vamos assumir que 2,6 milhões de pessoas por ano poderiam estar usando os produtos de cannabis para fins medicinais”, complementa Kyle.