A epicondilite lateral, também conhecida popularmente como “cotovelo do tenista”, é uma dor que ocorre quando os tendões desta parte do corpo estão sobrecarregados, geralmente por movimentos repetitivos do punho e do braço, como digitadores, pintores e açougueiros. Apesar do nome, a prática do tênis é causa de menos de 5% das lesões.
“Como o nome sugere, jogar tênis pode ser uma das causas, porém, outros movimentos de braço e antebraço também podem gerar dor, já que o cotovelo de tenista é resultado da repetição da contração dos músculos do antebraço, usada para endireitar e levantar a mão e punho”, explicou o ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo e sócio da Clínica LARC, Dr. Layron Alves.
O praticante de tênis precisa avaliar alguns itens antes de comprar a raquete, pois ela não pode ser leve e nem pesada. Também fazem a diferença o tipo, tensão e frequência da troca da corda.
“A dor causada pela epicondilite lateral ocorre a partir da parte óssea externa do cotovelo, podendo chegar no antebraço e no punho. Alguns pacientes ainda sentem dificuldade de apertar as mãos, segurar um objeto, digitar e escrever”, contou o ortopedista.
Na maioria dos casos o especialista consegue fazer o diagnóstico apenas com exame físico, em outros casos ele pode pedir um Raio-X.
Se confirmado o “cotovelo do tenista”, repouso e gelo já ajudam na recuperação. O fisioterapeuta também pode indicar exercícios que vão ajudar no fortalecimento da musculatura do punho, do “core” que vai deixar os músculos mais fortes e prevenir lesões, e exercícios de alongamento para ajudar na flexibilidade. Uma cinta de antebraço ou de cotovelo ajuda a reduzir o estresse sobre o tecido lesado.
Além disso, existem tratamentos com infiltração, acupuntura e ondas de choque. Em casos mais graves, uma cirurgia pode ser indicada.