Com a Páscoa se aproximando, o comércio tem expectativas de que o movimento das vendas de chocolates seja o maior desde o início da pandemia, mesmo com o poder de compra da população caindo a cada ajuste da inflação. De acordo com a ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) as vendas devem crescer até 2,5%.
“Os impactos da pandemia sobre a economia do país e do mundo mostram o que as pessoas sentem na prática; preços mais elevados e dificuldades na cadeia produtiva. Apesar dos bons indicadores como a geração de empregos formais, o comércio vem sofrendo com aumento de preços que impactam de forma negativa sobre o dia a dia, e verá uma melhora tímida nas vendas nesta Páscoa”, diz Luís Augusto Ildefonso, diretor de relações Institucionais da ALSHOP.
Segundo uma pesquisa realizada pela Apas (Associação Paulista de Supermercados), os ovos estão até 40% mais caros do que em 2021 e por isso, os supermercados estão apostando em versões menores de ovos e bombons.
Mesmo com os consumidores indo até as lojas, o e-commerce é o canal de vendas que teve crescimento mais expressivo onde o faturamento cresceu 15 vezes em comparação com 2019.
Público retoma ida aos centros de compras
Mesmo com as perspectivas tímidas de recuperação das vendas, o movimento dos shoppings vem crescendo bastante desde janeiro. Em uma comparação com fevereiro do ano passado, a alta foi de 24,2%. Já o aumento das vendas foi de 10,6% ante o mesmo período. O tempo de permanência também aumentou para 1 hora em média e cada consumidor gasta um ticket médio de R$120.
E para atrair o público, os fabricantes de chocolates apresentam categorias de diferentes tipos e tamanhos de chocolates, pensando nos diferentes perfis de consumidores, ocasiões e bolsos, incluindo além dos ovos, barras e tabletes de chocolates e caixas de bombom. E com isso, os fabricantes estão estimando um crescimento de 10% nas vendas.
“Nessa época reacende a discussão sobre o que vale a pena comprar: ovo ou barras. Mas este ano de 2022, com a inflação alta que elevou os preços em 8,5%, as marcas de chocolate resolveram apostar também em lembrancinhas. E conforme projeções da CNC, as vendas da Páscoa devem ser de R$ 2,6 bilhões”, finaliza Luis Augusto Ildefonso, diretor institucional da ALSHOP.